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domingo, 30 de agosto de 2015

Algumas orientações para as LPD - Lojas de Pequena Dimensão

O verão está a chegar ao fim, o regresso às aulas está à porta, é tempo de rever alguns pontos importantes para a gestão da placa de venda do retalho alimentar.
A tendência do mercado aponta para uma nova dinâmica propícia ao regresso do sucesso do comércio de proximidade. É o momento oportuno para os retalhistas independentes e/ou associados implementarem uma nova dinâmica nas suas lojas!
Bom trabalho
RB

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Apolónia em Lagoa - um mar de interrogações

O Algarve é uma terra ideal para passar férias agradáveis. Fazer nada durante as férias é uma fonte para recuperar do stress da primeira parte do ano de trabalho e recarregar as baterias para enfrentar a atividade da segunda parte.

Parece que no Apolónia de Lagoa, a nova unidade da insígnia, o ritmo de atividade do verão da loja está mesmo de acordo com o ritmo do “farniente” dos turistas.

Ontem, uma segunda-feira do mês de Agosto, às 19h, hora que normalmente é de enchente, havia apenas um cliente na padaria pastelaria, e poucas mais pessoas nas outras seções com serviço, talho, charcutaria e peixaria.
Um conjunto de corredores não tinha clientes e os carrinhos de compra estavam quase vazios.
O bar à entrada da loja estava vazio e, na galeria comercial, apenas os espaços para a papelaria e a para-farmácia estavam abertos, embora quase vazios em clientes, estando fechadas ainda as outras lojas previstas com os respetivos placards de disfarce.

O Algarve é uma zona de alta sazonalidade onde a amplitude de atividade entre o verão, o período de maior atividade, e o inverno, o período de menor atividade pode variar de 1 a 7.
Os empresários do comércio e dos serviços sabem bem que perder o verão pode ser mortífero para as suas atividades.

Como foi focado no “Post - Apolónia em Lagoa – À procura de um futuro! de 06 de Julho de 2015, a loja Apolónia de Lagoa está a sofrer, à partida, de um conjunto de pontos técnicos que não foram bem tratados!

Nas condições atuais, parece que o fim de ano vai ser muito, mas muito difícil para a unidade Apolónia de Lagoa. A boa notícia é que, para quem acredita no Pai Natal, Dezembro está a aproximar-se!

RB

domingo, 9 de agosto de 2015

Perder ou não perder o comboio - That is the question!

Nos últimos 25 anos, os alertas para o desaparecimento do sector grossista no ramo alimentar foram muitos. Felizmente, mesmo com uma diminuição drástica do número de lojas alimentares, os grossistas alimentares, mais voluntários, conseguiram manter as suas empresas até hoje.

O perigo para o setor grossista alimentar não é o desaparecimento de lojas do retalho alimentar, mas sim a não-adaptação às novas tendências de consumo dentro e fora de casa.

As gerações Y e Z no poder
Estas gerações correspondem às pessoas nascidas entre os anos 80 e 2000, para a geração Y, e nascidas a partir dos anos 2000 para a geração Z.
Na Internet encontram-se bastantes informações sobre estas gerações e as suas características. São indivíduos que nasceram na era do “personal cumputer”, da Internet e dos sítios sociais ou seja são indivíduos altamente conectados.
Os indivíduos destas gerações são geralmente descritos como adeptos da partilha com os outros, como pessoas que preferem o ser ao ter, a ecologia à exploração desenfreada do planeta … mas, um estudo americano recente tende a mostrar que por trás desta fachada, a realidade é outra; as opções “airbnb” ou “uberpop” não seriam baseadas num espírito “de partilha” mas sim numa procura individual de uma solução barata, “taylor made” e de qualidade…Pois é, a maioria dos indivíduos destas gerações, não se sente culpada pela concorrência, por vezes desleal e mortífera, que estas soluções fazem aos profissionais da hotelaria e dos táxis,
Por trás de uma fachada de desinteresse pelo lucro e pelo poder, esconde-se um grande individualismo e um grande desinteresse pelo vizinho. São gerações do “isto é meu” e do “Já, já, já”. Afinal, estamos a assistir à consolidação da sociedade da procura da satisfação através de soluções “ultra-individuais” em todos os campos da vida; comida, lazer, trabalho.

O retalho está a responder a esta tendência
O mercado já está a evoluir neste sentido. O cozido a portuguesa e a feijoada já não fazem sonhar ninguém! São pratos demasiado populares, no sentido básico da palavra, para quem quer novas experiências, novas sensações e tem sede de evasão!
É corrente ver aparecer novos restaurantes temáticos, étnicos que baseiam o seu sucesso na oferta de uma solução festiva diferente, que responde à procura individual de novos prazeres sensoriais! Basta abrir o Facebook para receber um convite para ir degustar pastas e pizas à italiana, para visitar uma nova padaria ou pastelaria de profissionais formados em Paris ou Lyon...etc.
No fim do dia das sextas-feiras, nas lojas do retalho alimentar, vê-se bem a aceleração do escoamento das soluções alimentares, sobretudo nas seções do pronto a comer fresco a peso ou dos congelados. Estes consumidores não compram produtos; compram sensações gustativas, e as noções de liberdade e de vida fácil!

Seria interessante mandar fazer e divulgar a nível dos grossistas, durante sessões técnicas, estudos sobre o comportamento das gerações Y e Z e as suas consequências sobre as tendências de consumo que se estão a instalar! Isso deveria permitir abrir negociações sobre um conjunto de nichos de mercado altamente lucrativos, altamente dinâmicos e altamente diferenciadores.

Perder ou não perder o comboio - That is the question!
Bom trabalho.
RB

domingo, 2 de agosto de 2015

O supermercado pequeno, um formato em ascensão!

Mesmo em circunstâncias económicas adversas, o mercado está em movimento ou seja, VIVE. O “statu quo” não existe.

Segundo dados de observação do mercado Português, o panorama da distribuição alimentar no fim de 2014 era o seguinte:
Os hipermercados estavam a registar uma diminuição da sua quota de mercado;
Uma evolução significativa do peso das lojas de tipo supermercados pequenos;
Uma estagnação do peso dos Livre-serviços;
Uma diminuição do peso das lojas de tipo mercearia.

Gráfico explicativo

Breves comentários
1 - A liderança absoluta dos hipermercados não é um dado imutável. Formatos mais pequenos, fisicamente e estrategicamente mais próximos dos consumidores, conseguem resultados espetaculares.
2 – As mercearias “tradicionalistas” passam por grandes dificuldades porque não respondem às expetativas de um mercado moderno que anseia diariamente por soluções alimentares que lhe facilitem a vida.
3 – As lojas de tipo supermercados pequenos, que aliam proximidade e placa de venda de boa dimensão para oferecer uma solução alimentar interessante aos consumidores, conseguem ganhar de forma visível uma boa quota de mercado.

Quais as consequências, para o retalho alimentar, independente e/ou associado
Os retalhistas, empresários do comércio alimentar, deveriam aproveitar do momento para:
- Aumentar a superfície da placa de venda da sua loja. Muitas mercearias possuem características que podem propiciar-lhes um bom sucesso se forem ampliadas;
- Cuidar da qualidade da oferta em termos de padaria, de charcutaria, de talho, e de peixaria quando for possível;
- Implementar as seções que correspondem à evolução do consumo atual tais como, os dietéticos e os produtos biológicos, e as soluções alimentares pré-preparadas quer em termos de produtos frescos, quer de produtos enlatados, ou ainda de produtos congelados;
- Definir corretamente e de forma dinâmica a política de sortido, de preço, de comunicação da loja;
- Utilizar os meios tecnológicos modernos de relacionamento com os consumidores;
- Se juntarem a uma central de compras ou a uma organização que promova, para a sua própria sobrevivência, o sucesso dos retalhistas independentes e/ou associados clientes.

A tendência do mercado aponta para uma nova dinâmica propícia ao regresso do sucesso do comércio de proximidade. É o momento oportuno para os retalhistas independentes e/ou associados de apanharem o comboio da bonança!

Bom trabalho
RB